1.12.2011

Os Velhos do Restelo

No seguimento das celeuma Gap e Starbucks, Steve Olenski (Creative Director/Digital Services - The Star Group) escreve, na Ad Age de 11/Jan, um artigo a felicitar as marcas que permaneceram intactas ao longo da sua história.

"(...) Quite frankly, I don't even care about the reasons behind their unchanged status. The bottom line is I like them, I've grown accustomed to them, and there is absolutely nothing wrong with them. (...)

Até podia começar a falar aqui de como o Einstein era mau aluno na Escola ou de como os reaccionários são aversos à mudança, mas o que me espanta mais são os estudos de mercado feitos aos consumidores sobre a tão, maldita, mudança. Ou melhor, as metodologias utilizadas para suportar "brand consultancy statements" que podem, de facto, mudar o caminho da História.

Os 3 exemplos dados, Ford, FedEx e IBM são considerados como marcas que, permanecendo sem mudanças (ou mudanças pequenas), são "famous and successful" (nas palavras do autor).

As perguntas óbvias que se colocam:

1) Qual a actual performance da Ford, IBM e FedEx nas suas categorias?

2) Desde quando o sucesso das marcas ("famous and successful" nas palavras do autor) são unicamente dependentes da sua identidade visual?

No início do ano, a Mag desejava que 2011 fosse o ano em que os nossos clientes tivessem coragem de inovar, um ano em que o mercado estivesse preparado para arriscar.

Let's hope for the best.





Steve Olenski
In Recognition of Those Marketers Who Leave Well Enough Alone

1 comentário:

Luís Monteiro disse...

Sou obrigado a discordar completamente do autor quando afirma que a IBM é uma marca que sofreu poucas mudanças ao longo dos tempos. O facto de estar em segundo lugar no ranking da Interbrand (http://www.interbrand.com/en/best-global-brands/best-global-brands-2008/best-global-brands-2010.aspx) explica muita coisa, nomeadamente mudança e adaptação ao mercado. Responde também à primeira questão levantada pela Joana Veiga.
Tive o privilégio de passar um dia inteiro com um ex-director de marketing da IBM (ocupou o cargo durante 12 anos) e perceber as transformações brutais que a marca sofreu a nível de branding – redução drástica do número de produtos e soluções sem identidade e criação de uma gama mais reduzida de produtos e soluções IBM.
Resumindo: não é preciso conhecer a IBM em profundidade para saber que é uma marca em constante mudança. Quando à identidade visual, sim, realmente não sofreu alterações, mas pelos vistos não é isso que determina a força de uma marca. E isto responde à segunda questão.

Luís Monteiro
The Brand