A publicidade, a boa publicidade, emerge da cultura pop e dela cria material que entra na nossa vida. Do "tou xim?" ao "tens um jipe", do "podia mas não era a mesma coisa", do Cristiano no BES ou das "Meninas da TV Cabo", são vários os exemplos que podia citar de marcas e/ou campanhas que conseguiram o seu lugar no mais importante lugar (não Cannes): o coração das pessoas.
Sendo a nossa Indústria muito pouco científica (e ainda bem) e sendo ainda mais difícil reduzir o risco dos nossos clientes (por mais que tentemos) resta-nos olhar para quem arrisca e formular uma opinião baseada em resultados (outra tarefa ainda mais difícil num país onde temos ainda muita resistência em partilhar informação e resultados).
Quando é que a estratégia deverá ser revista para incorporar um fenómeno-do-tipo-fósforo (menções óbvias acima, Futre e Hélio)? Quando é que o risco de integrarmos fenómenos a vulso põe em causa o ADN das marcas? O Hélio assiste Meo e os gatos aprovam? O Futre bebe Licor Beirão?
Por outro lado, quando é que temos de deixar de ser Velhos do Restelo e testamos coisas novas e quebramos as regras? Quando é que deixamos de ser risk-adverse e passamos a ser visionários de coração?
Para as marcas (e pessoas): quanto valem os 15 minutos warholianos X estratégia de marca?
"É retórica"- eu sei, "É demagogia!" - poderia eu acrescentar. Mas vale a pena pensar nisso neste fórum.
Ou, num mundo cada vez mais rápido, a malta tem memória curta e é indiferente?
7.27.2011
Da Cultura Pop
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7 comentários:
: ) KIA o carro do Guedes
http://youtu.be/Z6gg1QlWDN4
Bem sacado.Ja´o «o medo a mim nao me assite mas eu assisto ao MEO» ve-se que nao foi bem pensado. E' gratuito, forcado e nao tem nada a ver com a situacao do video. Seguros, marcas de desporto, automoveis, pensos rapidos, pomadas, bebidas energeticas.. sao quem melhor proveito podiam tirar da coisa.
o medo a mim não me assiste, mas assisto na cadeira da frente expectante todas as pessoas que trabalham na área da comunicação e que agora dedicam o seu tempo a encontrar pertinência para as marcas que trabalham nos f´soforos do dia a dia.
no dia em que vi o guedes, só pensava... quantos pares meus estarão agora a pensar em como vão usar isto? quantos estarão já a ligar aos seus clientes? quantos estarão a marcar reuniões de brainsotming à volta do tema, em vez de pensarem como é que conseguem ter uma ideia relevantes para as marcas que trabalham que tenha o poder do fósforo e não que se tente aproveitar do fósforo?
pensei nisso e fui vendo as ideias a sair... e fui sabendo de várias que não saíram!
Eu gosto. Aliás, estas acções em vez de Leões em Cannes, deviam ganhar Hienas de Cannes.
Extraordinário! Tanta critica estratégica neste blog e nem uma palavra, zero, sobre a única coisa verdadeiramente estratégica e inovadora feita em Portugal nos últimos tempos. Mas também para quê? É um fósforo, já visto em...e em...e em...e já feito várias vezes por.. e por...e por...
O que verdadeiramente interessa é que a cena do Hélio (2 minutos de 90 minutos já produzidos e emitidos pela 1ª série publicitária do mundo) foi bem ou mal pensada, bem ou mal aprovada, com ou sem brainstorming! O melhor é mesmo compara-la com uma campanha de outdoors. Porque uma série publicitária, com episódios e tudo imagine-se, com elenco de actores, um canal de tv próprio, e até uns anuncios de tv é algo tão vulgar que está na mesma caixa de fósforos daquela campanha de outdoors. Aliás o meo é mesmo uma marca que acende muitos fósforos, sempre tentada a fazer coisas dessas, pouco estratégicas...bom, eu no meu caso pessoal confesso que tenho tido o prazer de ter acendido muitos fósforos para o meo.
Ia jurar que a 1ª série publicitária feita em Portugal tinha sido esta:
http://imagensdemarca.sapo.pt/marcasdodia/detalhes.php?id=4895
E com o mérito de não ter os GRP's de um Meo.
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