9.02.2008

Fast-food de conteúdos


Este fim-de-semana li um artigo no Expresso que me deixou a pensar: "Estará o Google a tornar-nos estúpidos?"
(ver aqui estudo)

Na verdade este motor de busca revolucionou a forma como acedemos à informação, parece que temos tudo à nossa frente, à distância de 1 clique, 1 segundo. Mas em troca oferecemos os nossos cérebros. As conclusões são preocupantes: "quanto mais tempo passamos na internet, maior dificuldade temos em nos concentrar numa leitura mais vasta e profunda como a de um livro"
Assim nesta nova sociedade da informação nascem também novos tipos de leitores: mais contemplativos e menos interpretativos.
Parece uma ameaça à raça humana - uma ameaça à nossa "atitude critica".
Fiquei a reflectir... (pode ser um bom sinal! :) ) e lembrei-me da visão do planner Walter Susini aqui. Opiniões à parte, foge dos blogs, e de formatos ou modelos porque "tormam a mente preguiçosa".

8 comentários:

Anónimo disse...

"Opiniões à parte (...) foge de blogs"

Importam-se de repetir/esclarecer?
Já agora porque não perguntar: "A publicidade está a fazer-nos estúpidos?" (ou a Sic, ou o 24 horas, ou os hipermercados).

O mesmo argumento de FUD (procurem no Google, se não sabem o que significa o acrónimo) foi usado aquando da descoberta da imprensa por Gutenberg.

Até porque o Nicholas Carr (http://www.roughtype.com/) se dá ao trabalho de fazer o contraditório, levantando uma série de perguntas, que vão sempre ao encontro do clássico choque de gerações e à forma como nós (a antiga) vê evoluír algo fora do seu controlo, uma fobia elementar da espécie humana, independentemente do grau de intelegência.

Só em jeito de argumento básico, fazendo o Google 10 anos este mês, será que devemos acreditar numa tábua rasa de conhecimento, i.e., de repente, as pessoas não sabiam nada antes do Google existir? Ou ficaram estúpidas de repente?

pmg70 disse...

Perdemos sim mais tempo a analisar o que interessa... aprendemos a ler na diagonal sim! Só tem vantagens:
saber escolher; ter raciocínio critico; obrigar a fazer opções...

Um livro é um livro, não faz qq sentido comparar universos e funcionalidades tão distintas

pg

Flip disse...

E porque não(?):

"Mente preguiçosa é aquela que não usa blogs e googles ou não se quer adaptar a formatos e modelos."

pmg70 disse...

"E pq não(?)", o quê? comparar um motor de busca com livros?

Sérgio disse...

Hoje mais do que nunca vivemos na sociedade do pronto a vestir, pronto a comer, pronto a pensar, pronto a mostrar ... que sabemos e que temos uma opinião sobre tudo.

A internet, com o seu «oceano de informação« à distância de um click facilita-nos a vida, apenas isso. Mas não substitui a qualidade de pensamento, porque esse dá trabalho, demora tempo e raramente está à distância de 1 click (pelo menos eu falo por mim, que nunca fui adepto de ideias instântaneas tipo pudim flan).

pmg70 disse...

As vantagens desse "oceano de informação" n reside em si mas no facto de tornar indispensável a pesquisa, a filtragem, etc, para que se chegue à qualidade de pensamento a q te referes.
PG

Anónimo disse...

Imaginam-se a trabalhar sem Google, Wikipedia, YouTube e companhia? Como seria se de repente tudo isso desaparecesse?

pmg70 disse...

É claro q não...
Falo por mim, que estou a elaborar uma dissertação; para além das dezenas de livros q tenho q consultar (e dinheiro q se gasta) o google tem sido a mais valia. Hoje em dia há mt boa informação na net, é preciso é saber filtrar.
A Wikipedia é razoável no q trata de alguma cultura geral... não para aprofundar tópicos.
PG