5.14.2008

Livrinho de cabeceira



Sinopse:
"Neste livro, Massimo Gaggi e Edoardo Narduzzi olham para o papel de empresas como o Google, o Skype, a Zara ou a companhia aérea Ryanair para argumentar que a classe média está a desaparecer.

Segundo os autores, a classe média está prestes a sair de cena depois de ter sido ao longo de mais de dois séculos a base da sociedade ocidental.
Desaparecidas as razões económicas, políticas e sociais que a tinham feito emergir, esta classe já não se consegue adaptar às transformações impostas pela globalização. O bastão do comando passa dos produtores para os consumidores. No seio da sociedade, toma forma uma classe indistinta, a classe das massas, que quer sobretudo consumir mais.

Trata-se de uma revolução insidiosa para a política, mas não deixa de ter contéudos democráticos. Nas suas bandeiras estão impressas as marcas de Ikea, Skype, Wal-Mart, etc.

É a revolução low cost produzida por um capitalismo capaz de normalizar tudo e mais alguma coisa, mas também de personalizar a sua oferta, condenando ao declínio a dispendiosa sociedade do welfare do pós-guerra europeu e desenhando um futuro low cost, mesmo para os serviços públicos."

2 comentários:

pmg70 disse...

Baseando-me apenas na sinopse, n creio q a classe média desapareça; seria o fim das marcas.
Concordo que se caminha para uma normalização global com grande capacidade para personalizar - parece paradoxal.
Entendo q a pergunta será: o q entendemos por low cost? Entendo que são os "produtos" baratos per si, mas também todos aqueles que até há pouco eram caros mas que tiveram a capacidade de anular intermediários.
Mas este é um assunto bastante complexo para ser discutido nalgumas linhas.

hidden persuader disse...

É verdade. A tese dos autores é interessante e atraente, mas algumas das correlações que tenta provar são debatíveis.

Uma coisa é certa, o comportamento, os hábitos de consumo das classes afluentes e das classes socio-económicas mais baixas são no mínimo curiosass ou paradoxais: Hoje os ricos compram no Lidl e por vezes viajam em "low-cost". Os remediados compram "clones" e experiências que outrora só ricos tinham acesso. Isto por sua provoca um reajustamento no lado da oferta. As empresas, as marcas passam a posicionar-se nos extremos. É a morte dos produtos que estão "no meio". E isso é outra tese defendida por outros autores.

http://www.amazon.com/Treasure-Hunt-Inside-Mind-Consumer/dp/1591841232/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=books&qid=1210796277&sr=8-1